domingo, fevereiro 01, 2009

CORRUPTOS Ä SOLTA!

O Estado brasileiro é um caldeirão de corruptos. A gente não consegue saber se politico já nasce corrupto, se é o leite da mãe que contamina a criancinha e o virus corruptos humaGoinos se instala a partir dai, ou se adulto, perde a vergonha, se é que algum dia teve, e dá no que dá, político rouba!

Em Goiânia, a corrupção chegou até um dos hospitais mais conceituado e dos poucos que atende emergências, o HUGO. E que vexame, servidores públicos, se deixam corromper e vendem a vida alheia, brincam de deuses, e para receber propina de hospitais particulares. A saúde pública é um vexame, o dinheiro da saúde é desviado, mal administrado e vive sempre a mingua, e por causa de quê? Corruptos.

Para acabar com isso o Brasil tinha que mandar matar literalmente, ou adotar o sistema de mandar cortar as mãos de corruptos, mandar marcar a ferro na testa quem fosse pego com a mão enfiada na botija pública. PARA CORRUPTOS NÃO TEM PERDÃO, PAREDÃO NELES!

E falando nisso, o o grande hit musical dos últimos tempos e sucesso no YOUTUBE trata do assunto com maestria em um música do grupo de hip hop TESTEMUNHA OCULAR intitulada CORONELISMO, para ver siga o link http://entreatos.blogspot.com/2009/01/nasce-um-clssico-2-vdeo-foi-visto-3300.html

REBELE-SE NÃO ACEITE CORRUPTOS E CORRUPÇÃO NA SUA VIDA, SEJA GENTE DO BEM!

CASO DAS UTIs
O drama dos pacientes fraudados
O Popular localizou pessoas triadas no Hugo e levadas para UTIs particulares, em esquema que está sob investigação da polícia

Vinicius Jorge Sassine para o jornal O POPULAR, Goiânia, 1º de fevereiro de 2009.

Imagine fazer uma amizade dentro de uma unidade de terapia intensiva (UTI). Conversar, trocar ideias, descobrir que o companheiro de leito passou por um acidente de motocicleta – simples, sem nenhuma grave consequência – semelhante ao que se vivenciou horas atrás.
Foi o que aconteceu com Thiago Soares dos Santos, de 18 anos. O jovem quebrou a perna em um acidente de trânsito, foi levado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e, depois, foi encaminhado para uma UTI particular, embora não tivesse qualquer necessidade de tratamento intensivo. A mãe, Cleonice Soares, desconfiou, mas não teve a percepção exata de que o filho era usado numa suposta fraude dentro do Hugo.
A Polícia Civil investiga supostos esquemas de corrupção que teriam sido montados por profissionais do Hugo, que estariam lesando o Sistema Único de Saúde (SUS), planos de saúde e, principalmente, pacientes que chegam ao hospital em busca de socorro médico.
A fraude investigada mais comum é o pagamento de propina a funcionários do hospital público para que indiquem os “melhores pacientes” às UTIs particulares, ou seja, aqueles que oferecem maior rentabilidade, por necessitarem de tratamentos mais baratos. Documentos sugerem que donos das UTIs pagam, servidores do Hugo lucram e pacientes são encaminhados para as unidades privadas mesmo sem necessidade ou sem condições de pagar.
O lucrativo mercado da doença, cuja principal prateleira são os leitos e corredores do Hugo, produz inúmeros dramas particulares. O paciente chega e, se tem plano de saúde, pode ser logo encaminhado para um hospital particular. A doença ou um grave acidente e o instintivo medo da morte, que abalam emocionalmente a família do paciente, são os ingredientes para facilitar a fraude. A imagem de uma fila de macas no Hugo, sempre superlotado, faz crescer a lista de pacientes que alimentam os supostos esquemas de corrupção, encaminhados a unidades de saúde que passariam a obter algum tipo de vantagem financeira.
A reportagem do POPULAR localizou pacientes que podem ter significado lucros para proprietários de hospitais e UTIs. Os nomes deles aparecem em documentos apreendidos pela polícia nas UTIs investigadas e nas casas dos médicos que chegaram a ser presos durante a operação policial. Em planilhas de contabilidade e agendas pessoais, eram escritos os nomes dos pacientes, associados a cada servidor do Hugo responsável pelo encaminhamento. Esse servidor recebia de 100 a 220 reais, segundo a investigação da polícia.
As histórias relatadas por esses pacientes ao POPULAR mostram o drama que viveram. Levado para uma UTI fora do Hugo depois de triagem mediante suposto pagamento de propina pelo proprietário da unidade, o paciente Hudson Divino de Oliveira, de 58 anos, acumulou uma dívida de R$ 4 mil pela internação intensiva. No entanto, era obrigação do SUS atendê-lo. Já Adelmo Fioramonte, 48, reclama de completo descaso depois que saiu do Hugo e foi levado para uma UTI particular. Durante uma semana, mesmo já fora do hospital, os proprietários continuaram cobrando do plano de saúde a internação na UTI, segundo Adelmo.
“Eu estranhei”O caso de Thiago Soares, o jovem acidentado levado para o Hugo, é o mais sintomático da fraude. Ele quebrou a perna em dois lugares e, por ter cobertura de plano de saúde pelo Ipasgo, foi encaminhado para um hospital particular. Uma servidora do Hugo disse para a mãe de Thiago, Cleonice, que só havia vaga de internação em uma UTI particular, mesmo sem a necessidade de terapia intensiva. “Eu estranhei ele ser levado para uma UTI, mas ela me garantiu que não havia vaga em lugar nenhum. Eu estava desesperada, meu filho ficou em um corredor do Hugo.”
Thiago ficou dois dias na UTI particular recomendada pela servidora do Hugo. É o nome da funcionária que aparece em um documento apreendido pela polícia, que mostra diversos encaminhamentos de pacientes, entre eles Thiago. Cada um rendeu à servidora 120 reais. Na UTI, Thiago ficou amigo de outro jovem que também sofreu acidente de moto, ainda com menor gravidade, encaminhado do Hugo para a unidade. “Tinha muita gente morrendo perto dele, o Thiago ficou assustado”, conta a mãe. Assim que saiu da UTI, o jovem passou pela cirurgia na perna .
Uma enfermeira insistiu com a família de Hudson Divino: depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) e passar seis horas na sala de reanimação do Hugo, ele precisava ser transferido com rapidez, sob o risco de morrer. A filha de Hudson, a promotora de vendas Kênia Loiane, de 28, conta que a enfermeira a levou até um dos corredores do Hugo. Naquele dia de fevereiro, no ano passado, havia fila de macas com pacientes à espera de um leito. “Essa é a fila para a UTI. Se ficar aqui, não há outra opção para seu pai, senão ir para a fila”, teria dito a enfermeira para Kênia.
Hudson foi então levado para uma UTI particular. As investigações da polícia apontam que uma servidora do Hugo – não se sabe se foi propriamente a enfermeira – teria recebido propina para encaminhá-lo e mais nove pacientes para a mesma UTI, em janeiro e fevereiro de 2008. A servidora pode ser indiciada pela polícia por corrupção passiva.
Kênia relata que o argumento do hospital para não receber Hudson foi a superlotação. O plano de saúde não cobriu as despesas da UTI particular e a família ficou devendo R$ 4 mil. Conforme Kênia, seu pai ficou 18 dias numa UTI e mais 4 dias numa enfermaria do Hugo.

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