sexta-feira, fevereiro 15, 2008

CHEIRO DE PROPINA MATA MENINO

Obra onde menino morreu havia sido supervisionada por fiscal, diz testemunha - ( 14/02/2008 ) (Notícia acessada: 184 vezes.)
Em depoimento prestado hoje (14) ao juízo da 12ª Vara Criminal de Goiânia, o servente Vilmar Alves de Souza, arrolado pela defesa na ação penal movida contra o engenheiro Bruno Cézar Gordo pela morte do garoto Wemerson Rodrigues Bernardes, de 7 anos, disse que o bloco de concreto que provocou a morte da vítima foi construído sob a supervisão e aprovação de um engenheiro-fiscal da prefeitura. Vilmar atuou como encarregado da construção da quadra de esportes da Escola Municipal José Carlos Pimenta, situada na Rodovia GO-080, Km 20, distrito de Vila Rica, onde o fato ocorreu.
Segundo ele, a obra foi assinada por três engenheiros, incluindo Bruno, que era sócio da empresa Escom – Engenharia, Construção e Comércio Ltda, contratada para executá-la. “Participei da construção do início ao fim”, comentou, garantindo que após a construção do bloco que sustentaria a placa de inauguração da quadra, o fiscal da Prefeitura que acompanhou e até ajudou a orientar a execução dele, aprovou a forma como foi feito e instalado.
Bruno é acusado de ter provocado a morte de Wemerson porque teria planejado a construção do bloco de forma negligente, imprudente e alheia aos padrões técnicos exigidos. No dia do fato, por volta das 17 horas, Wemerson estava tendo aulas de educação física quando tentou escalar o bloco, momento em que a estrutura caiu sobre seu corpo. Levado ao Hospital Sagrado Coração de Jesus, nas redondezas, o menino foi transferido logo em seguida ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), onde morreu duas horas depois, em decorrências de traumatismo craniano.
De acordo com o Ministério Público (MP), Wemerson morreu porque o bloco – em suas dimensões – foi construído fora da norma técnica de segurança, vez que muito pesado, e instalado negligentemente na mureta da quadra, encostado lateralmente num pilar metálico, sem qualquer amarra. No depoimento, Vilmar contestou a denúncia nesta parte, dizendo que o bloco foi devidamente amarrado. (Patrícia Papini)
http://www.tj.go.gov.br/noticias/index.php?Pg=LerNot&Id=4485

Nenhum comentário: