terça-feira, outubro 31, 2006

Dinheiro público no esgoto

por Bruna Mastrella
A tão esperada pavimentação do Residencial Itaipu, localizado em Goiânia, às margens da GO-040, ainda não foi totalmente concluída. Moradores exigem que o restante das ruas do local seja asfaltado e que as obras complementares, como a construção de bocas-de-lobo, meios-fios e galerias pluviais, sejam executadas.O presidente da associação de moradores do Residencial, Albino de Souza Reis, explica que algumas vias só foram imprimadas (estão prontas para receber a capa asfáltica), portanto ainda aguardam a colocação da capa asfáltica e a construção do meio-fio. O problema, conta, é que a intensificação das chuvas tem degradado rapidamente a fina camada desse pré-acabamento. Em muitos trechos, porções de terra já estão à vista. "Se não derem continuidade às obras, tudo terá de ser refeito", alerta Albino Reis, apontando para os buracos à margem das ruas que também têm acelerado a destruição da camada. Muitas vias que ainda não foram sequer imprimadas, reclama, já estão tomadas por erosões e algumas até intransitáveis. "Tem morador que precisa deixar o carro na casa de vizinhos", conta. No meio da Rua RI-32, em área limítrofe ao Residencial Real Conquista, um buraco de aproximadamente cinco metros de diâmetro por dois de profundidade ameaça a segurança dos moradores. Albino Reis conta que há quatro meses a obra de construção da galeria pluvial foi paralisada. "Quando chove, o buraco enche de água e fica muito perigoso. Outro dia um garotinho de aproximadamente 2 anos caiu e começou a se afogar. A sorte é que moradores viram e o retiraram", relata. Albino Reis informa que as duas empresas responsáveis pela execução das obras teriam interrompido o serviço por falta de regularidade do repasse de recursos.POSTO DE SAÚDEOutro problema apontado pelos moradores é a precariedade na assistência médica. Eles dizem que o Programa Saúde da Família situado no setor não consegue atender os 10 mil habitantes do local por insuficiência de agentes e médicos. "Queremos um posto de saúde aqui porque quando precisamos de assistência médica temos de ir até o Garavelo", reclama a aposentada Maria do Livramento Camões, 54, que mora no local há quatro anos. A aposentada também se queixa da falta de policiamento. Segundo ela, raramente viaturas circulam pelo local. "Aqui só aparece policial quando acontece alguma coisa mais grave, mas logo depois eles deixam de vir", relata. Albino Reis acrescenta que as duas creches do setor são insuficientes para atender a demanda. "Uma das creches tem 85 vagas, mas 105 crianças são atendidas. Só na fila de espera tem 600 pessoas", conta o líder comunitário. Em resposta às reclamações dos moradores, o diretor de comunicação do Dermu-Compav, Fernando Contart, se limitou a dizer que todas as explicações sobre o assunto já teriam sido fornecidas ao HOJE em reportagem publicada no dia 17 de outubro e que, no seu entendimento, "o assunto já morreu". Na ocasião, o diretor explicou que a prefeitura está pagando as empresas responsáveis pelas obras normalmente e que os recursos são liberados após a fiscalização do trecho construído. "Demora no pagamento, quando há, ocorre por conta do zelo com o dinheiro público", afirma.Sobre o asfaltamento das ruas ele revela que, dos 264 mil metros quadrados previstos para o bairro, 175 mil já foram pavimentados, o que equivale a 25 quilômetros em linha reta. Até dezembro, mais 34 mil – que estão imprimados – serão entregues.
Fonte: HOJE

Assim caminha Goiânia, administração voltada para asfaltar e ainda consegue fazer asfalto de 5ª categoria.

Escândalos e corrupção é a marca da Prefeitura de Goiânia nessa gestão. Iris Rezende afinal mostra ao que veio. E o MP, por que se cala?

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